A cultura africana tem por base a dança, que é uma grande prova da tradição, no que diz respeito à história e à própria cultura do continente africano. As danças fazem parte dos seus rituais e cerimónias.
Nas inúmeras aldeias, a dança sempre foi muito característica tanto na originalidade como na distinção entre populações. A dança no continente africano é quase sempre realizada em grupo, onde as crianças, mulheres e homens fazem um circulo e aplaudem os dançarinos.
As influências dos colonizados no continente, principalmente entre os séc. XVI e XV, foi muito grande o que provocou alterações e entradas de culturas diferentes.
Relativamente aos ritmos africanos, temos Semba, Funaná, Kuduro, Sakiss, Puita, Marrabenta, Kizomba, etc., que são todos em ritmo corporal dando ênfase ao movimentos das ancas, à agilidade dos braços e pernas e também dos pés.
Existem várias danças africanas, mas iremos fazer referência a apenas três: a Capoeira, a Gnawa e a Schikatt.
Na capoeira, há uma mistura de dança e de luta, e foi originalmente trazida por escravos vindos de navios negreiros em direcção ao Brasil. No entanto, na época de escravidão, a luta ou qualquer outra cultura negra, era abolida e, por esta razão, foi-se adicionando instrumentos musicais para disfarçar.
A Gnawa, é uma dança que envolve tanto práticas de exorcismo como curas milagrosas. Durante as danças, os participantes evocam os espíritos da própria dança, Hadra, e utilizam uma cor específica para cada dança. Também utilizam chapéus pretos, talismãs, amuletos, etc., e ficam de pé em linha ou em círculo, enquanto o dançarino principal faz a sua representação.
A Schikatt é uma dança erótica e bastante popular entre as mulheres da região de Marrocos. A originalidade desta dança é uma relação entre o folclore berbere e a influência árabe, em que as dançarinas usam roupas que fluem à medida que dançam bem como jóias. O rakza é um passo característico desta dança em que as dançarinas batem com os pés no chão, à semelhança do passo feito na dança flamenca.
